sábado, 28 de maio de 2011

Exceção

Estou cansada
Veja-me fraca perante os outros
E eles nada vêem
Quero desistir
E quanto mais eu tento
Mais eu sinto que posso resistir
Estou confusa
Mas eu creio que tem alguém por mim
Que enxuga minhas lágrimas
Que me perdoa mesmo eu estando errada
Ele é minha única exceção na vida

Esta invisível
E ninguém sabe que estou aqui
Mas alguém está por mim, eu sei
Que mesmo machucada ele avisa
"Poderia ser pior, você poderia não voltar"

Queria fugir
De tudo que vejo e de todas as cores que não vejo
Mas a vida não é assim
Tem alguém por mim, eu sinto
Que me perdoa mesmo eu dando as costas a ele
Ele é minha única exceção na vida

Estou triste
Mas ele disse "Vai passar, é só uma fase"
Eu não estou só, eu reconheço
Eu nunca o vi, mas ele vem me ajudar
Ele me vê como sou
Conhece meus problemas
Entende meus pensamentos
É, ele está por mim
Mesmo eu esquecendo, ele jamais esquece de mim
Ele conhece tudo em mim e não é fácil segui-lo
Minha única exceção na vida

Coisas que acontecem





As palavras podem representar várias coisas
Ou simplesmente nada
As palavras tem vários significados
Basta saber como usá-las

Uma vida
Vários acontecimento
Dois caminhos
Um mais fácil, largo
Outro tortuoso, complicado

As palavras assim como os sons
Podem agradar ou repelir
As palavras assim como os sons
Trazem sorrisos ou lágrimas

Uma pessoa
Vários pensamentos
Dois lados
Um que te faz agir
Outro que te faz sonhar

domingo, 15 de maio de 2011

Era uma vez uma história de terror...


Essa é mais uma história
Que crianças não podem ouvir
De um mundo poluído
Onde nada se encontra e tudo se perde
Alice, menina curiosa
Quis ir além dos portões de sua casa
Um senhor chamado Duvudoo
Estava por perto e um sorriso malicioso
brincou em seu seco rosto
"Dinheiro,diversão...Vou engana-la"
Ele pensava e ria num escuro beco
Da rica menina ingênua-atrevida

Essa é mais uma história
De fim real, um fim grotesco e mortal
Crianças não devem ouvir, não devem nem sentir ou olhar
Por que o mundo não é para crianças....
Alice preparava-se para fugir, para seguir a perigosa curiosidade
Nove anos ela tinha quando se perdeu
Da casa levou: seu vestido azul, um laço de fitas nos cabelos mais escuros que o Rio Negro, meias que cobriam por inteiro as pernas, sapatinhos de boneca e seu inseparável coelhinho de pelúcias...
Deixando para trás seus desesperados pais, avós e um gato.

Essa é mais uma história
Onde todos que vivem sabem o fim
Duvudoo tanto fez, tanto tramou
Como trilha de guloseimas, a ratoeira vem no final
E tudo o que poderia ser ruim, acontece...
Alice que de nada sabia saiu
Em busca do auto conhecimento através do desconhecido
Coitadinha! Duvudoo tinha o destino ela nas mãos
Iria rouba-la, destrui-la e se ainda resistisse iria então matá-la
Não só seu corpo ele queria, mas sua alma, sua vida...
De trevas ela assim ficaria...

Você já conhece essa história
E a tapa com peneira todos os dias
Uma garota inocente que busca o que os pais não explicam, não alertam, não cuidam, não amam, mentem- omitem...
Ela inocente, ingênua segue pessoas perversas que a drogam, a estupram escravizam
Por fim Alice se perde, mas como eu disse essa história não é para crianças.

Turbulenta Insanidade


As palavras brincam na minha mente
Criam personagens que com inveja tentam tomar o controle do meu corpo
Grito mentalmente pra eles pararem
Mas debocham de mim torturando-me com lembranças ruins
Para se estar no comando há um preço alto a pagar
E não ter com quem conversar é menor dos meus problemas
Na minha cabeça existem perguntas sem respostas
Respostas,eu quero respostas, preciso delas
Sinto que vou morrer, não sei quando ou onde, mas sei exatamente como...
Consumi um veneno, o doce e mais ruim veneno, que me deixa amarga todos os dias
Se eu disser que é mais uma brincadeira dos personagens...
Você acreditaria? Alias quem acreditaria? Ninguém! Eu não converso com ninguém, pois ninguém tem ouvidos para me ouvir
Entro em conflitos comigo mesma todos os dias, ontem, hoje e amanhã rótulos para descrever a mesma coisa: dias...
Algo me faz resistir e algo me faz querer ceder
Se eu disser que vivo em constante guerra...
SILÊNCIO!!!Ninguém notaria... Estou falando de mente e ninguém sabe da minha...

Poema de tempos atrás.....Quando eu vivia na escuridão...


Corre anjo negro
Vem,
trás contigo o medo
Corre,
trás contigo a morte
Em ti não há sorte
E é chegada a hora
A maldita hora

Corre anjo negro
Já não tens asas
Em ti não há mais vida
Somente marcas
Que em sua alma resida
Então corre,
vem logo anunciar a morte...

terça-feira, 3 de maio de 2011



Estando eu maltrapilha
Vou andando pelo deserto chamado vida
Cheio de pessoas que caminham olhando espelhos 
Procurando neles o próprio´reflexo, o que de fato  inevitável
Descalça, suja e impura tento não seguir a imundice - Burrice? - talvez...
Olho meu espelho, nele um reflexo que não conheço
Assustada, corro - quebro - cacos espalhados no chão
Devagar agora, vejo um lago, será imaginação ou até variação?
Mais uma vez corro - mergulho - respiro, deixando a imundice no lago, limpando meu coração
Minha única exceção no deserto incerto, o lago, que lavou-me com emoção
Sem sujas intenções, sem dinheiro, sem espelho - as águas mais puras que eu já vi.

De Lua


Absorta
Encontro-me sem uma das coisas
mais importantes da vida
A família...

Pensamentos enraizados
Personagens inesploráveis
Uma mente brilhante na insensatez
Todas as insanidades de uma só vez
Palavras que saem incoerentes, incoesas e incógnitas...
Para tentar explicar o que nunca foi dito.

Absorta
Encontro-me no deserto
Areias inundam a única coisa que em mim age
A mente...

Rimas ensaiadas
Risos desconcertados
Círculos vermelhos no rosto branco
Palavras mudas, surdas e sem direção
Olhares, gestos cheios de emoção
Tudo para explicar incertezas, medos e um coração.