terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O que queremos de verdade

Passamos a vida inteira tentando ser aceitos
Aceitos por nossos pais
Aceitos por futuras amizades
Aceitos até por quem não conhecemos
Lutamos por perfeição, passe-livre...
Conquistando vitórias 
E nos frustando com os erros
Com os muitos NÃOS da vida
Mas ainda sim tentamos ser aceitos
Aceitos por futuras paqueras
Futuros romances
E aceitos em vestibulares
Aceitos por futuros patrões
Ou não..
Lutamos por familiares
Lutamos por nós mesmos
Fazemos tudo isso e um pouco mais
Para chegarmos em casa diante do espelho e dizer:
" Agora sim! Eu me aceito!"

Agora já era


Eu não mentirei mais verdades
Tentando encobrir o que você não quer ouvir
Eu simplesmente não direi nada
Nada que possa prejudicá-lo
Nada que possa exaltá-lo

Eu não tomarei mais de seu cálice
Tentando sentir o que você não quer sentir
Eu simplesmente não tomarei nada
Nada que possa me prejudicar
Nada que possa me exaltar

Eu tento correr do escuro
E ele insiste em me perseguir
ainda que pequena, eu vejo uma luz em mim
E ele ainda insiste em me perseguir
Mas o escuro está fraco e irá morrer
Eu vejo luz, eu sinto luz e ele irá morrer...

Versos sofridos


Essa demora está acabando comigo
E hoje eu já não posso esperar
Esperar você chegar
Por que isso me afeta tanto?
Minhas lágrimas já não têm sentido
Elas gritam as dores de um coração
Agitado, ansioso e confuso
Elas gritam aquilo que por palavras
Eu não sei explicar

Essa demora está acabando comigo
você chegar, eu tenho que esperar
Você me afeta tanto!
Mas eu não deveria confudi-lo
Eu já nem sei o que sinto
Se tudo o que era simples se complicou
Algo está tentando tomar conta
De um coração cheio de buracos
E eu não sei se isso é bom

Eu não quero que essa turbulência faça parte de mim
Desejos proibidos e doces invenenados
A condenação camuflada de falsa felicidade
Eu não quero aspirar rosas
E depois sentir os espinhos
Cravados nas minhas mãos
Coração bandido, fingido
Ele me faz querer você 
Sem realmente poder

Vivendo sem rumo

Corpo para cima e cabeça para baixo
É assim que me vejo, quando estou só
Talvez o mundo seja mais divertido
Se não vivermos de acordo com o normal
Diga-me algo que eu não saiba
Não me diga algo que eu não quero saber
Eu realmente não quero saber
E assim vou vivendo
Escondendo-me em conchas vazias
Para camuflar o que em há mim...

Uma garotinha com asas rasgadas
E um castelo todo de prata
Dê um doce a essa menina
Não roube seu tesouro escondido
Seu tesouro precioso
E ela o recompensará

Você consegue ver o que meus olhos dizem?
Eles são meus pontos fracos
Eles dizem muito de mim
Você consegue ver através da neblina?
E não me diga algo que eu não preciso saber
Algo que eu não quero saber
Olhe nos meus olhos e diga que isso é real
Totalmente louco, mas real
E assim vou vivendo
Sempre buscando razões...

Uma garota crescida
Com um coração de ferro e cristal
Seja gentil com essa menina
Não diga atrocidades
E ela o recompensará

A simples justiceira


A garota com roupa violeta
Saiu à fora para transformar
Deu seu coelho de pelúcias
Ao garoto estrela
E dela, ele sempre lembrar

Neblina preta, era demais
Ratos caminham no asfalto
Tudo incerto
Ursos em meio ao deserto
População primata condensada

A garota com roupa violeta
Uma estranha em Marte
Marte esse mais conhecido como Terra
Saiu de seu mundinho
Para trabalhar

Bicho homem, nem pensar
Rastros de sujeira
Porqueira essa que nem um porco faz
Tudo incerto
Verdinhas no ar! Só para os poderosos!

A garota com roupa violeta
Não irá desertar,
Ela veio ao mundo para transformar
Pintar as sete cores no cinza
No cinza das injustiças

Confuso...Confudido...Confusão


Confusão
Eu vesti um sentimento precioso
Para dar um passeio no parque
Onde todas as estações habitam
Todas no mesmo horário

Confusão
Eu colhi minhas raízes
Eu colhi uma parte de mim
E um sentimento duvidoso
Quer me conduzir a algo mais

Confusão
Como deixar minhas raízes vivas
Sem me envolver mais e mais?
Elas fazem parte de mim
Eu não posso roubá-las

Confusão
Elas dizem que não há ninguém
Como eu que as transformem tão bem
Mas nossa conexão é o proibido
E nós brincamos com fogo

Confusão
No outono colhi orquídeas
Orquídeas, espalhadas no jardim
Nelas haviam espinhos
E toda dor saiu dali

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Minha cabeça e seus ventos ocos

Cabeça oca
Você pensa demais
Quando foi a ultima vez
Que agiu por impulso?

Eu ando com guarda-chuva
Para evitar os raios de sol

Cabeça oca
Você é tão covarde
Quando foi a última vez
Que lutou por algo verdadeiro?

Eu comprei asas
Para evitar pisar no chão

Cabeça oca
Você está sumindo
E todos debocham
Quando foi a última vez 
Que tocou no pó de giz?

Eu vendi minhas lágrimas
Para não ter que chorar